Compreendendo as Necessidades Especiais Infantis

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Você pode ter percebido que o seu filho não rolou na cama, fez sons ou sorriu na mesma época em que todas as outras crianças já faziam isso e acabou se perguntando se ele tem algum problema de desenvolvimento. Este artigo vai esclarecer essas dúvidas e dar orientações para educar crianças que possuem alguma das necessidades especiais citadas abaixo.

Causas e avaliação de necessidades especiais em crianças

Pensar que pode haver algo de errado com o seu filho é assustador, mas deixe o médico determinar isso antes de chegar a conclusões precipitadas. Embora problemas comportamentais não apareçam até que a criança esteja mais velha, dá para perceber se sua criança está se desenvolvendo mais devagar do que o esperado. Este artigo fala sobre quais sinais procurar e o que fazer depois disso, como procurar um pediatra e, possivelmente, um especialista em desenvolvimento infantil. Você vai ler sobre o que pode esperar de uma avaliação, além de conselhos sobre como agir de acordo com os possíveis resultados dessa avaliação.

Problemas da fala e surdez em crianças

O desenvolvimento da comunicação verbal é um marco no processo de crescimento de uma criança. Nesta página, vamos discutir os problemas que podem atrasar a fala, incluindo o ambiente, audição, inteligência, controle muscular, deformações físicas e funcionamento incorreto do centro da fala existente no cérebro. Vamos mostrar orientações sobre como lidar com a gagueira, como detectar problemas e quando ir a um médico. Além disso, também há informações sobre problemas de audição: causas comuns para perda de audição e comportamentos que podem indicar a existência de um problema. E vamos dar algumas dicas úteis sobre como prevenir problemas de audição no seu filho.

Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais

Crianças com necessidades especiais também são capazes de aprender e desenvolver novas habilidades da mesma maneira que qualquer outra. O papel dos pais no desenvolvimento é crucial e você vai encontrar sugestões sobre como criar um ambiente que promova o crescimento, estimule a independência e lide com empecilhos ou progresso lento.

Programas para uma criança com necessidades especiais

Há muitas opções disponíveis tanto para a recreação como para os cuidados diários com crianças com necessidades especiais. Escolher um programa para sua criança pode ser desgastante, então criamos uma lista de critérios para ajudá-lo a escolher o programa certo. Há uma ênfase toda especial no seu relacionamento com os profissionais que monitoram e implantam os programas especiais, assim você pode se sentir mais confortável e no controle dos cuidados dela.

Educação para uma criança com necessidades especiais

Há muitos métodos diferentes para educar uma criança com necessidades especiais. Alguns especialistas acreditam que essas crianças aprendem mais quando estão em salas de aula com crianças do mesmo nível. Outros educadores acham que uma criança com necessidades especiais deve ser integrada a uma sala de aula comum. Aqui, vamos examinar as duas idéias. Neste artigo há ainda uma discussão sobre os direitos de educação do seu filho e sobre os riscos e benefícios possíveis ao colocar seu filho em uma escola comum. Causas e avaliação das necessidades especiais O desenvolvimento normal de uma criança consiste em muitos parâmetros. Se você acha que o comportamento do seu filho constantemente fica fora dos padrões normais, pode ser uma boa idéia consultar o seu pediatra.Este artigo explica algumas das causas dos problemas de desenvolvimento, assim como avaliações e testes que podem detectar alguma anormalidade.

Problemas de desenvolvimento: causas possíveis

Algumas crianças possuem problemas congênitos, como danos ou desenvolvimento incompleto do cérebro, que impedem que elas tenham um desenvolvimento normal. Outras sofrem de condições ou doenças que podem ser tratadas se forem identificadas. Uma doença metabólica hereditária rara, que é testada quando as crianças completam alguns dias de vida ou em sua primeira visita ao médico é a fenilcetonúria (PKU). Quando não tratada, a doença leva ao retardamento mental, mas a detecção e tratamento rápido através da alimentação costumam possibilitar o desenvolvimento de inteligência dentro da média. Outro teste ao qual os recém-nascidos são submetidos é o de hipotireoidismo congênito, que também é raro e causa retardamento quando não tratado. As crianças que nascem com alguns problemas podem não parecer anormais imediatamente, mas a maioria exibe atrasos específicos no desenvolvimento que acabam sendo observados por seus pais ou médicos. A cada avaliação, o pediatra observa o comportamento do seu filho para ter uma idéia de como está indo o desenvolvimento. Ele também pode fazer testes rápidos em idades específicas da vida do bebê. Tanto na observação como nos testes, o médico procura por possíveis sinais de perigo. Outras crianças, normais no nascimento, acabam sofrendo posteriormente devido a cuidados insuficientes ou incompletos. Os médicos costumam ter mais problemas para identificar problemas ambientais do que deficiências congênitas e eles podem ser muito perigosos para o desenvolvimento da criança. Algumas das pistas que dão o sinal de alerta ao médico são as seguintes: distúrbios na alimentação ou no sono (insuficientes ou excessivos). Tanto a quantidade como a qualidade de cuidados recebidos dos pais influenciam a maneira que uma criança come e dorme;sintomas físicos, como vômitos freqüentes, diarréia e erupções na pele;problemas no crescimento, tanto na altura como no peso. Uma criança, privada de carinho, pode apresentar problemas no crescimento mesmo quando a quantidade de comida ingerida é grande. Se a falta de cuidados não for o problema, o médico vai investigar a supressão de fatores de crescimento no cérebro do bebê;atrasos ou desvios específicos em áreas específicas, como no desenvolvimento motor, habilidade verbal, desenvolvimento intelectual, aprendizado geral ou quem sabe ao se relacionar com os outros, em sua autopercepção ou na capacidade de brincar. Muitas vezes, quando os ingredientes necessários para a educação da criança não estão presentes, ela desenvolve vários problemas médicos ou psicológicos. Por exemplo, se não houver a criação do elo entre a mãe e o filho, é normal encontrar um relacionamento perturbado entre os dois, além de dificuldades para vencer problemas de comportamento. Isso não significa que há problemas automáticos se o processo de vínculo ideal não ocorrer imediatamente após o nascimento. Estudos recentes demonstraram que mães que passaram por cesarianas, partos prematuros ou que adotaram bebês podem desenvolver esse elo posteriormente. Da mesma forma, os pais que estão cientes de suas imperfeições e falta de conhecimento não precisam achar que, devido às suas limitações, o desenvolvimento de seu bebê será automaticamente prejudicado. Os bebês possuem uma tendência forte ao desenvolvimento normal que os ajuda a resistir aos fatores ambientais “que não são os ideais”. É claro que a habilidade das crianças em se desenvolver pode ser prejudicada em situações de cuidados insuficientes, mas nenhum de nós é perfeito. Devemos fazer o melhor por nossas crianças, mas não é necessário ser perfeito para criar pessoas normais. Pais preocupados com algum aspecto do desenvolvimento de seu filho ou, posteriormente, com problemas comportamentais devem primeiro falar com o médico. Há momentos em que a tendência da pessoa é evitar incomodar o médico, e é verdade que o tempo é precioso para um médico. Mesmo assim, se o médico parecer não querer discutir o que os pais vêem como um problema ou se recusar por alguma razão a se envolver nas preocupações dos pais, o melhor é procurar outro médico. Se o tempo necessário para conversar sobre problemas comportamentais em uma consulta é maior do que uma consulta normal, alguns médicos podem até cobrar mais. No entanto, pense nesse dinheiro extra como dinheiro bem gasto se ele conseguir resolver problemas sérios.

Avaliações especiais do desenvolvimento

De vez em quando, uma criança cujos problemas são específicos, por exemplo, desenvolvimento lento da fala ou gerais, como desenvolvimento geral lento, precisa dos cuidados de um pediatra especializado no desenvolvimento de crianças nos primeiros anos de vida. Pais que suspeitam de um problema no desenvolvimento motor ou cognitivo de seus filhos, ou vêem sinais de que seu bebê se nega a sociabilizar ou que está retraído e deprimido, podem pedir a avaliação desse tipo de médico, ou o próprio pediatra da criança pode encaminhá-los. O especialista em desenvolvimento, que pode trabalhar com uma equipe composta por outros profissionais como assistentes sociais e psicólogos, observa a criança realizando várias atividades em uma situação de jogo para determinar a existência e extensão dos problemas. Outros especialistas podem ser chamados como consultores. Após uma avaliação, o especialista irá conversar com os pais sobre sua opinião e recomendações para o tratamento. Infelizmente, alguns pais recebem a notícia de que seus medos não eram infundados. Outros ouvem que seu filho pode se desenvolver normalmente, mas talvez precisem de alguma ajuda especial. Mas qualquer que seja o resultado da avaliação, os pais devem buscar um equilíbrio em suas reações. Excesso de preocupação não ajuda ninguém, e tentar se isolar da dor escolhendo não se envolver é tão inapropriado quanto.

Avaliando a deficiência

Todas as crianças podem aprender e se desenvolver. Mas crianças não aprendem e se desenvolvem da mesma maneira ou na mesma velocidade. Há momentos em que os pais percebem a existência de um padrão geral de lentidão nas respostas da criança ao mundo ao redor. Os pais podem perceber que o crescimento e as realizações físicas gerais da criança parecem estar muito atrás das de outras crianças. Algumas crianças não parecem desenvolver respostas sensoriais normais. Crianças cegas, por exemplo, podem não conseguir focar ou seguir objetos com seus olhos. Uma criança surda pode não reagir a sons ou pode não conseguir falar ou fazer sons anteriores à fala, ou ela pode murmurar quando está mais velha e com menos frequência do que outras crianças com audição normal. Quando os pais percebem um padrão constante de atrasos, pode ser uma boa idéia deixar que um profissional avalie a criança. Parte dessa avaliação consiste na tentativa de determinar possíveis causas para o problema. E são várias as causas possíveis para problemas de desenvolvimento. Nos primeiros estágios de desenvolvimento do feto, por exemplo, uma modificação espontânea nos cromossomos ou em genes específicos pode levar à síndrome de Down, uma condição que faz com que as crianças afetadas se desenvolvam mais devagar do que crianças normais. O nascimento prematuro também pode levar a dificuldades de desenvolvimento algumas vezes. Certas infecções que afetam a mãe podem atingir o feto no início do seu desenvolvimento e levar ao retardamento e outras anomalias. Outra possibilidade são traumas sofridos durante o nascimento ou um pouco antes ou depois que podem afetar a criança de modo adverso e levar a problemas como a paralisia cerebral. Certas doenças infantis, como a encefalite e a meningite, também podem deixar a criança com necessidades especiais físicas e mentais. Mas nem sempre é possível determinar a causa de uma deficiência, pois alguns desses problemas são difíceis de se diagnosticar. Um QI (quociente de inteligência) abaixo de 69 indica que uma criança pode ter problema mental (considera-se que a média seja de 90 a 109). Mas o diagnóstico de uma deficiência não deve recair somente sobre um teste de QI. O comportamento adaptativo de uma criança (sua habilidade de responder a estímulos, aprender e se desenvolver) também deve ser medido. No entanto, não há testes com total eficácia para nos dizer com que rapidez a deficiência irá se desenvolver, ou o quanto a criança será capaz de se desenvolver.
Problemas de desenvolvimento comuns são o atraso na fala e/ou perda de audição, que costumam estar relacionados. Na próxima seção, vamos falar sobre como identificar os sintomas, fazer testes e aplicar tratamentos para os problemas da fala e surdez. Problemas da fala e surdez em crianças O seu bebê se comunica com você através de meios não-verbais como gestos, expressões faciais e linguagem corporal. Aprender a verbalizar os pensamentos, sentimentos e desejos é uma parte importante do desenvolvimento dele. Muitos bebês falam sua primeira palavra quando têm por volta de um ano de idade, mas é claro que cada bebê é único e há casos em que primeiras palavras demoram um pouco mais para sair. Para obter mais informações sobre esses marcos da fala, consulte Desenvolvimento da linguagem. E, pelo fato de a fala ser tão ligada à audição, dificuldades na primeira podem indicar perda de audição ou até surdez. Abaixo, você vai ler sobre os diferentes tipos de problemas de fala e audição, suas causas e as medidas corretas a serem tomadas se suspeitar que sua criança possui algum deles.

Problemas da fala e gagueira

Há muitas razões pelas quais o seu filho pode começar a falar um pouco mais tarde, ou até muito mais tarde, do que crianças da idade dele. Poucas delas são sérias e a maioria das crianças acaba se ajustando. Por exemplo, a maioria das meninas começa a falar antes dos meninos. O ambiente em que a criança vive pode afetar o desenvolvimento da fala também. Se sua família não fala tanto, o seu filho provavelmente vai começar a falar depois e menos do que as outras crianças. Se ele passa os dias em uma creche ou maternal na qual uma pessoa é responsável por várias crianças, o desenvolvimento da fala pode ser mais devagar. A competição por atenção individual em casa também pode fazer com que a criança comece a falar mais tarde. Por exemplo, se você tem dois filhos de idades muito próximas, ou gêmeos, pode ser que você não consiga dar muito tempo a cada um deles individualmente. Às vezes, a linguagem particular que os gêmeos desenvolvem é mais devido à falta de conversas individuais com um dos pais do que o desejo de falar entre eles mesmos. Outros fatores que afetam o desenvolvimento da fala são a inteligência, audição e controle dos músculos envolvidos no ato da fala. A fala pode ser atrasada ou impedida se os centros da fala no cérebro não forem normais, ou se houver alguma anormalidade da laringe, garganta, nariz, língua ou lábios. E ela também pode não se desenvolver normalmente devido à surdez parcial ou total, deficiência mental, danos cerebrais ou problemas no funcionamento dos centros de fala no cérebro.

Disfemia (gagueira)

Crianças entre os dois e os cinco anos de idade costumam não ter fluência na fala e podem gaguejar quando não encontram as palavras certas para se expressar. Pausas involuntárias ou bloqueios na fala e rápida repetição de sílabas ou no som inicial de uma palavra podem ocorrer. Esses problemas podem ser temporários, acontecendo apenas ocasionalmente quando uma criança está empolgada, impaciente ou envergonhada, ou podem ser crônicos, causados por espasmos musculares ou conflitos mentais ou emocionais subjacentes que precisam ser resolvidos para que a habilidade da fala possa melhorar. Quando ocorre em uma criança de dois a cinco anos de idade, a gagueira não precisa ser considerada um problema tão grande, a menos que o problema continue vários meses após o primeiro sinal. A criança pode nem estar consciente de seu problema, a não ser que mostrem a ela. Para ajudar uma criança que gagueja, não demonstre raiva ou impaciência recusando-se a entendê-la, completando o seu pensamento ou tentando forçá-la a falar devagar e claramente. Ignore a gagueira e não deixe que os irmãos ou outras crianças debochem ou riam dela. Leia, cante e fale com seu filho o máximo que puder.

Quando se preocupar – consulte o pediatra caso seu filho fale somente no mesmo tom ou com um forte som nasal, se seu vocabulário e habilidade de pronunciar as palavras parecer diminuir em vez de melhorar, ou se a gagueira for grave, constante ou prolongada. Além de testar a audição da criança, o médico irá realizar um exame físico e verificar a garganta, o céu da boca e a língua. Se o seu filho tiver menos de cinco anos de idade, o médico pode encaminhá-lo para um fonoaudiólogo, para que ele avalie e receite o melhor tratamento se considerar que a gagueira é um problema grave, se a criança parecer muito frustrada em suas tentativas de falar claramente ou se você precisar de ajuda para lidar com o desenvolvimento da fala do seu filho. E se o seu filho continuar a substituir sons (r pelo l, por exemplo) ou gaguejar após os cinco ou seis anos de idade, o médico pode sugerir uma consulta e, talvez, tratamento com um fonoaudiólogo.

Infecções do ouvido e surdez

A surdez é uma perda parcial ou completa da audição em um ou dois ouvidos. Uma criança pode nascer com perdas na audição ou desenvolver o problema posteriormente. Como as crianças aprendem a falar imitando os outros, uma criança que não ouve os outros falando não consegue reproduzir esses sons. A audição normal ocorre quando as ondas sonoras passam pelo canal auditivo e fazem com que o tímpano vibre. As vibrações do tímpano, por sua vez, movem três pequenos ossos no ouvido médio. O movimento desses ossos transmite as vibrações do ouvido médio para o ouvido interno, onde elas são transformadas em impulsos elétricos carregados ao cérebro através do oitavo nervo craniano. O cérebro interpreta estes impulsos elétricos como sons. Danos, doenças ou problemas no funcionamento de qualquer uma dessas estruturas pode causar surdez. Qualquer um dos problemas a seguir podem levar a dificuldades na audição que, provavelmente, levarão a dificuldades de aprendizado. Problemas no canal auditivo que podem causar perda auditiva incluem acúmulo de cera, objeto estranho no canal e infecção conhecida como otite.Problemas no tímpano e no ouvido médio podem ser causados por uma inflamação do ouvido médio ou um bloqueio na trompa de eustáquio, que conecta a garganta e o ouvido médio. A infecção do ouvido médio (otite média) costuma ocorrer nos dois primeiros anos de vida, especialmente entre crianças expostas freqüentemente a ela nas creches. A infecção costuma envolver um acúmulo de líquidos que causa perda auditiva leve ou moderada e intermitente por até nove meses, ameaçando o desenvolvimento correto das habilidades de linguagem da criança.Problemas do ouvido interno podem ser causados por ferimentos ou infecções.Já os problemas do oitavo nervo craniano têm muitas causas possíveis. Este nervo é responsável por transportar todos os sinais dos ouvidos e estruturas de equilíbrio ao cérebro. Uma criança pode nascer com um nervo que não se desenvolveu corretamente ou que foi danificado antes do nascimento. Por exemplo, se uma gestante contrai rubéola, o vírus pode infectar o oitavo nervo craniano do feto. Após o nascimento, um ferimento ou infecção por um vírus (caxumba ou sarampo) ou bactéria (meningite) pode danificar esse nervo. Há também certos medicamentos que podem afetá-lo. Detectando a surdez- normalmente, são os pais que detectam os primeiros sinais de perda auditiva em uma criança. Você pode desconfiar de algum tipo de perda auditiva se algum dos comportamentos a seguir ocorrer: uma criança maior do que três meses ignora sons ou não vira a cabeça na direção de um som, um bebê maior de um ano de idade não parece entender nem mesmo algumas palavras, uma criança maior de dois não produz frases de ao menos duas ou três palavras ou quando uma criança simplesmente parece não ouvir bem. Esses sintomas também podem ter outras causas, por isso, se achar que seu filho pode ter um problema de audição, consulte seu médico. O médico pode encaminhá-los a um centro especializado em fala e audição. Uma criança com audição deficiente deve começar a receber educação especial assim que o problema for descoberto, mesmo se ela tiver apenas um ano de idade.

Tome precauções – é possível prevenir problemas de audição no seu filho se tomar algumas precauções. Nunca coloque qualquer objeto, incluindo cotonetes, dentro de seu canal auditivo. Se o fizer, pode acabar forçando a cera para dentro e entupir o canal ou danificar o tímpano. Não se esqueça de vacinar seu filho contra sarampo e caxumba, os efeitos colaterais podem causar surdez. Se você for uma mulher em idade de engravidar, consulte seu médico sobre possíveis métodos de imunização contra a rubéola.
Independentemente das necessidades especiais que seu filho apresenta, vai ser preciso fazer um esforço especial para ajudar no seu desenvolvimento. A seguir, indicaremos as etapas que você pode seguir para estimular o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais. Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais Não há duas crianças com necessidades especiais iguais, nem as que têm necessidades especiais semelhantes. Nesta seção, vamos explorar as necessidades especiais variadas e saber como estimular uma criança com necessidades especiai e ajudá-la em no processo de seu desenvolvimento.

O papel dos pais

• Dar amor e apoio – as criança com necessidades especiais precisam de amor e apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com necessidade especial.

• Estimule a independência – se você tem uma criança com necessidades especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos, você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante, não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa realizar sozinho cada estágio.

Todas as crianças passam por momentos em que parecem parar de melhorar ou quando podem até regredir um pouco. Esse pode ser um momento especialmente difícil para os pais, pois têm que aprender a avaliar o progresso de seu filho.

• Concentre-se em objetivos a curto prazo – quando seu filho atingir um platô (estagnar seu desenvolvimento), olhe para trás e se concentre no quanto ele já progrediu. Este também pode ser um bom momento para esquecer objetivos a longo prazo e se concentrar nos objetivos a curto prazo: alimentar-se com as mãos, vestir-se, repetir a primeira palavra ou frase inteligível ou finalmente ir ao banheiro sozinho. Quando os pais concentram suas energias em um único objetivo a curto prazo, uma criança com necessidade especial pode começar a progredir novamente. Ao parar de observar como a criança lida com esses desafios, como se adapta a novas e maiores necessidades, os pais podem se ajudar a desenvolver expectativas realistas para seus filhos.

As crianças progridem mais quando os pais agem como seus advogados, escolhendo os métodos educacionais mais apropriados, definindo objetivos razoáveis e fornecendo um ambiente caloroso e protetor. Os pais deveriam enxergar a si próprios como parceiros dos profissionais na hora de planejar os cuidados de seus filhos com necessidades espaciais.

Estimulando o potencial de desenvolvimento

A partir do momento em que nascem, as crianças começam a aprender sobre o mundo ao seu redor. Elas aprendem através de seus movimentos e dos cinco sentidos. Quando um ou mais desses sentidos são danificados, a maneira como a criança vê o mundo é alterada e sua habilidade de aprender se altera. Mas com os avanços na medicina, tecnologia e nossa compreensão sobre como os bebês crescem e aprendem, podemos esperar desenvolvimento mental e físico muito maior de crianças com com necessidades especiais do que imaginávamos há uma década. O tamanho desse desenvolvimento depende da extensão da sua limitação, quão breve ela foi diagnosticada corretamente e o quão rapidamente a criança é colocada em um ambiente de estímulos apropriados. Crianças com limitações mentais, por exemplo, precisam de estímulos freqüentes e consistentes devido às suas dificuldades de concentração e memória. Elas também podem ter dificuldades de percepção que tornam difícil compreender o que está acontecendo ao redor e o motivo dessas coisas.

• Concentre-se no sentido debilitado – em muitos casos, as habilidades da criança podem ser melhoradas ao estimular o sentido deficiente. Crianças com distrofia muscular, síndrome de Down e paralisia cerebral costumam se beneficiar de um programa de fisioterapia que exercite seus músculos. Exercitar as pernas e pés da criança com casos graves de espinha bífida os preparam para andar com aparelhos e muletas. Já as crianças surdas podem aprender a usar sua audição residual com a ajuda de equipamentos auditivos e treinamento auditivo que aumenta e expande sua habilidade de ouvir. As crianças cegas podem afiar seus outros sentidos para ajudar a compensar sua falta de visão, enquanto aprendem sobre o mundo. E, por último, as crianças com síndrome de Down e paralisia cerebral também podem se beneficiar de terapias visuais, auditivas e ocupacionais.

• Trabalhe com um fisioterapeuta – (ou terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo) programas de estímulo preparados para crianças desde o nascimento até os três anos demonstraram que mesmo crianças com necessidades especiais graves podem aprender, crescer e participar do mundo que as cerca. Os pais podem guiar muitos dos exercícios desses programas sozinhos, mas quase sempre se beneficiam da supervisão de um terapeuta especializado. O seu posto de saúde, escola pública ou secretaria da saúde locais podem ter um programa de estímulo infantil adequado ou podem lhe recomendar um terapeuta especializado que pode visitar sua casa regularmente para ajudar seu filho e ensinar exercícios e jogos adequados para você. Hospitais universitários e organizações privadas que auxiliam crianças com necessidades especiais também são boas fontes de informação.

• Use brincadeiras para explorar – brincadeiras são uma importante forma de aprendizado para todas as crianças. As crianças com necessidades especiais que não podem se movimentar para explorar sozinhas ainda têm a possibilidade de aprender sobre os arredores ao viajar com a família. Dentro de casa, ela pode ser carregada ou guiada de um cômodo a outro para tocar, sentir, ver, cheirar ou ouvir vários objetos. Crianças cegas podem usar suas mãos, rostos, pés e outras partes de seus corpos para explorar e aprender. E as surdas precisam de estímulos de linguagem constantes e, como todas as crianças, precisam ouvir explicações sobre o que está acontecendo ao seu redor. Figuras em livros e revistas são outra forma de expor essas crianças a lugares, pessoas, animais e formas de vida fora de seu círculo comum.
Brinquedos dão outro meio de compreender nossos corpos e o mundo. Crianças com necessidades especiais podem ter problemas para usar brinquedos convencionais, mas os pais podem adaptá-los às necessidades deles ou criar brinquedos apropriados. Muitas comunidades possuem brinquedotecas que funcionam como recurso para fornecer brinquedos projetados ou selecionados especialmente para crianças com necessidades especiais.
No entanto, não importa o quanto um pai ou uma mãe tente dar a seu filho, sempre há limites para o que eles podem conseguir sozinhos. Na próxima página, vamos observar as opções disponíveis para suprir as outras necessidades dessas crianças. Programas especiais para uma criança com necessidades especiais Mais cedo ou mais tarde, uma criança com necessidades especiais vai participar de um programa específico para ela, como um acampamento ou creche. Aqui vão algumas dicas para escolher um programa especial.

Escolhendo um programa especial

Muitas deficiências possuem associações de âmbito nacional, que fornecem informações e recomendam programas ou recursos. Muitas dessas associações possuem sedes locais e grupos de apoio aos pais.
Se for sortudo o bastante para ter um leque de programas para escolher, como vai escolher o melhor para o seu filho? Baseie suas decisões no quanto você confia nos profissionais dos programas disponíveis e nas terapias que eles apresentam.

Algumas terapias são menos conhecidas e não disponíveis em tantos lugares como outras. Freqüentemente, os educadores discordam quanto à seqüência de aprendizagem, alguns educadores de surdez, por exemplo, acreditam que o correto é apresentar a linguagem dos sinais à criança quase que imediatamente, enquanto outros acreditam que as crianças devem ter somente treinamento auditivo-oral antes de aprender quaisquer tipos de sinais. E pelo fato de as opiniões e métodos dos profissionais serem diferentes, pesquise vários programas antes de se comprometer (e o seu filho) com algum específico.
Se considerar um programa particular com terapeutas, lembre-se de que o custo do programa nem sempre é um indicador de sua qualidade ou de que ele é o mais apropriado.

Embora os fatores custo e conveniência certamente influenciem sua decisão, os pais também deveriam considerar outros:

Por quanto tempo o programa será o melhor para seu filho?

Você está falando de um novo programa que usa técnicas experimentais ou de um programa já estabelecido que usa terapias amplamente aceitas?

Qual o nível da educação dos terapeutas que irão trabalhar com o seu filho?Quem supervisiona o trabalho dos terapeutas?

O que o terapeuta espera de você?

Ele parece disposto a compartilhar a experiência dele com você?

O terapeuta quer que você entenda seus métodos?

O terapeuta parece capaz de estabelecer um bom entendimento com o seu filho?

Caso seja um programa novo, ele tem recursos garantidos ou tem que levantar esses recursos todos os anos?

Quantas crianças o programa ajuda no momento e como é a relação entre os funcionários e alunos?

As crianças com necessidades especiais múltiplas estão juntas em salas de aula com crianças que têm somente uma ou duas claramente definidas?

• Expectativas dos profissionais – talvez o fator mais importante ao escolher um desses programas sejam as expectativas dos profissionais envolvidos. Cada criança é diferente e traz ao programa sua própria determinação para conseguir atingir o resultado. Os pais podem ver pontos fortes e reconhecer progressos que os profissionais não percebem. Se as expectativas dos profissionais forem muito baixas, seu filho pode não progredir tão rapidamente quanto você acha que seria o correto. E se as expectativas deles forem muito grandes, o seu filho pode se sentir frustrado.

Seu relacionamento com os profissionais

A maioria dos profissionais recebe bem e encoraja o envolvimento ativo dos pais em decisões que afetam a criança. Embora seja seguro presumir que a maioria dos profissionais que lida com crianças com necessidades especiais quer vê-las bem cuidadas, eles podem trazer consigo certos preconceitos que não ajudam a todas as crianças. Se você tem as suas próprias opiniões, expresse-as. O ideal é que você fale abertamente com os profissionais a respeito de suas preocupações e dúvidas. Se o terapeuta estiver muito ocupado ou apresentar resistência a essas discussões, ou se achar que essas reuniões são improdutivas e insatisfatórias, reflita sobre a possibilidade de encontrar um novo programa ou terapeuta. Embora seja do interesse da criança ter um tratamento a longo prazo, é melhor mudar de programa se acredita que seu filho não está recebendo o que deveria.
Outra consideração importantíssima para pais de uma criança com necessidade especial é quando seu filho deve ir para escola e qual a melhor escola. Vamos olhar as opções disponíveis na próxima seção. Educação para uma criança com necessidades especiais Conforme as crianças vão ficando mais velhas, os pais podem considerar a hipótese de mandá-las para a pré-escola ou maternal. Você deve enviar o seu filho para uma escola especial onde estará com outras crianças na mesma condição e na qual os professores são treinados para lidar com se problema específico? Algumas vezes, não há escolas especiais ou elas ficam muito longe, o que obriga seu filho a fazer uma viagem longa para a escola todos os dias ou morar nela.

• Colocando seu filho em escolas comuns – mesmo quando há escolas especiais por perto, uma opção é mandar seu filho para um maternal comum. Muitos especialistas acreditam que crianças jovens com deficiências leves a moderadas ficam melhores quando são mantidas em um ambiente normal o máximo período de tempo possível. Essas crianças costumam aceitar melhor as diferenças do que crianças mais velhas ou adultos, o que vai fazer com que uma criança com necessidades especiais não se sinta diferente ou isolada em um maternal comum. Muitos maternais têm boa vontade e capacidade para aceitar crianças com problemas leves a moderadas. Há até mesmo aqueles que aceitam crianças com necessidades especiais graves.
Certas filosofias de educação são mais dispostas a integrar essas crianças. Se não puder encontrar uma dessas escolas em sua região, procure uma escola do método Montessori ou de outro método não tradicional para a educação maternal.
Se estiver pensando em colocar seu filho em uma escola comum com pouca ou nenhuma experiência nessa área, observe e fale com o diretor e com os professores que cuidarão dele. Seja honesto a respeito de suas necessidades. Pergunte sobre as atitudes da escola com relação a essa questão e com relação ao problema esepecífico do seu filho.

Como os professores costumam lidar com problemas de indisciplina e ironias?

Como eles agem quando outras crianças fazem perguntas sobre o seu filho?

Você sente que as expectativas dos professores são razoáveis e consistentes com as suas para crianças em geral e para o seu filho em particular?

Se decidir mesmo colocar seu filho em uma escola comum, prepare-se para servir como fonte de informações para a escola. Você pode decidir visitar a sala de aula e conversar com as crianças sobre como funciona um aparelho de surdez, o motivo de seu filho usar aparelhos ou a razão de sua aparência ou o motivo de sua fala. Prepare-se para frustrações, especialmente no começo, enquanto os pais e outros alunos se esforçam para entender seu filho e como se relacionar com ele. Planeje-se para observar a rotina da escola com freqüência. Se a sua presença perturba a rotina do seu filho, peça a amigos para fazer essa observação. Ao observar, não se concentre somente no seu filho. Os pais de crianças com necessidades especiais costumam ter surpresas (agradáveis) quando observam o quanto as outras crianças são parecidas com seu filho.educa%C3%A7%C3%A3oespecial - Compreendendo as Necessidades Especiais Infantis

Seus direitos
De acordo com a lei 7853 (24/10/98) regulamentada pelo Decreto 3298 (20/10/99), cada criança tem um programa de educação individualizado que indica quais tipos de educação especial e serviços relacionados a criança irá receber. Os pais têm o direito de participar de cada decisão relacionada à educação de seu filhos e de contestar e apelar contra qualquer decisão a respeito da identificação, avaliação ou colocação de seu filho. Há muitas entidades e órgãos que dão respaldo a crianças com deficiências dos 3 aos 21 anos. Mas é possível encontrar várias escolas que fornecem programas para crianças menores de três anos de idade mesmo quando isso não é exigido por lei. Muitos desses programas recebem financiamento federal. Embora a lei tenha tentado fornecer educação à maioria das crianças com necessidades especiais, ela não padronizou a qualidade dessa educação, o que pode variar muito de estado para estado e de uma escola para outra. E até dentro da mesma escola, certas necessidades especiais encontram um suporte maior do que outras. E mais, cortes nos orçamentos governamentais têm afetado especialmente os programas educacionais, muitos dos quais foram cortados ou simplesmente eliminados. Esteja ciente de que o melhor programa para o seu caso pode não estar disponível perto de sua casa. Muitos distritos escolares fornecem informações sobre o que está disponível, assim como orientações descrevendo os direitos educacionais das crianças. Se o seu distrito não pode fornecer informações e uma cópia das leis em vigor, entre em contato com o órgão governamental responsável pela educação.

Criar uma criança com necessidades especiais traz desafios únicos para os pais. Mas há muitos recursos por aí que podem dar assistência e muito conhecimento disponível sobre como estimular o desenvolvimento, o que significa que uma criança deficiente agora pode progredir mais do que podia há uma década. E, como com qualquer criança, é possível compartilhar com os outros as alegrias das novas conquistas!

Por Michael Meyerhoff

FONTE:http://saude.hsw.uol.com.br/necessidades-especiais-infantis.htm

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