Atividades de Português para o 2° Ano

Selecionamos diversas Atividades de Português para serem aplicadas no 2° ano do Ensino Fundamental. Todas atividades estão prontas para imprimir. Nessa publicação você encontrará atividades de português envolvendo aumentativo e diminutivo, interpretação de texto etc. Confira:

Atividades de Português 2° Ano

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Desenvolvendo a Leitura nos Anos Iniciais

O escritor Ziraldo disse, numa entrevista para a TV Educativa, que

As professoras primárias, de maneira geral, perdem uma excelente oportunidade de desenvolver o gosto pela leitura e a capacidade de escrever em língua portuguesa de seus alunos, na medida em que não apresentam a eles, tão logo estes estão alfabetizados e ansiosos por explorar suas novas habilidades lingüísticas, material de leitura de qualidade e envolvente, o que os tornaria ávidos leitores praticamente sem nenhum esforço.

Esse comentário daquele que talvez seja o maior escritor de literatura para crianças do Brasil traduz uma deficiência muito freqüente nas classes iniciais da escola, e constituem um alerta que não deve ser ignorado.

As professoras primárias deveriam ver seus alunos recém-alfabetizados não como uma obra completa, mas como uma matéria-prima que precisa e merece ser trabalhada para se tornar uma obra de grande arte: um menino culto e feliz, bem ajustado em sua sociedade e dotado de sólidos valores morais e espirituais. Para tanto, devemos ver esse petiz que acabou de receber a dádiva da leitura como um “faminto de luz”, da luz do saber, da cultura, da sabedoria refinada, da diversão de qualidade, e nossa função precípua, muito mais do que obedecer aos cânones educacionais da moda, é mitigar essa sede de saber, alimentar essa fome de cultura.

Desenvolvendo a escrita nos Anos Iniciais

O professor das séries iniciais deve ter consciência de que a criança que acabou de ser alfabetizada está muito interessada em pôr à prova suas novas habilidades, tanto lendo quanto escrevendo. Assim como foi feito na alfabetização, em que se partiu de unidades mais simples para chegar às unidades mais complexas, a prática da escrita deve começar por palavras isoladas, que devem inicialmente ser sempre a contrapartida de algum texto lido, podendo ora aparecer como respostas a perguntas concernentes ao texto, ora como palavras-chave que completarão o texto. Por exemplo, após uma leitura de Chapeuzinho Vermelho, podemos pedir que o aluno responda por escrito: Que animal estava ameaçando Chapeuzinho? Resposta: O Lobo. Ou ainda, fazer um exercício de completamento: Que ________ grande a senhora tem? É para poder te cheirar, minha netinha.

Em seguida, devemos partir imediatamente para sentenças curtas, tendo em vista que a relação sujeito-predicado é primordial para toda comunicação. Nessa fase, podemos fazer perguntas que exijam uma frase inteira como resposta, tais como: O que aconteceu? O que você (ou alguém) está fazendo? Podemos também partir as sentenças nos seus termos essenciais: sujeito e predicado, com perguntas do tipo: Quem fez?Ele/a fez o quê? Podemos ainda fazer exercícios de completamento: _____ está nadando. João ________ e Pedro ________.

Neste ponto, seria interessante começarmos a fazer dois tipos de exercícios distintos: exercícios automáticos e repetitivos, chamados em inglês de drills, em que se apresenta um modelo: Eu comi o bolo., e pede-se variações simples e fáceis de fazer: Você – Você comeu o bolo., Nós – Nós comemos o bolo.; e exercícios envolvendo uma certa elaboração conceitual e intelectual, chamados em inglês de exercicses, em que realmente se pede uma resposta ou solução por parte do aluno: O que você fez ontem?Por que o caçador atirou no lobo?

Uma vez que o aluno comprove o domínio de frases curtas, o professor deve pedir-lhe que escreva frases complexas, com coordenação e subordinação, com muita atenção para a elucidação e correção das relações entre sentenças: as aditivas devem somar idéias assemelhadas; as adversativas e concessivas devem expressar oposição, as causaisapresentam a causa etc. É imprescindível notar que períodos complexosnão são exclusivos do português culto formal; mesmo em exemplos tirados da oralidade, podemos encontrar períodos de grande complexidade, como é o caso desta letra de uma música cantada pela popularíssima Kelly Key:

Se tem uma coisa que me deixa “passada”

É brigar comigo sem eu ter feito nada.

em que quatro sentenças são encadeadas, com a maior naturalidade. Isso serve para provar a importância do domínio de períodos complexos tanto na leitura quanto na escrita para uma boa comunicação.

Após o domínio de períodos complexos, deve-se partir para uma prática efetiva da redação, começando-se pelo bilhete, com sua fórmula definida, dividida em quatro partes:

Fórmula de cortesia + Destinatário (Caro Fulano);

Mensagem propriamente dita;

Saudação (um abraço do; atenciosamente);

(Fórmula carinhosa +) Nome do Autor.

A fase do bilhete pode (e deve) ser estendida por bastante tempo, com vários tipos de bilhete: recado para os colegas, convites para festas ou passeios, recomendações à empregada, comunicações aos pais ou às professoras, justificativas de faltas, “torpedos” (bilhetinhos amorosos), e-mails etc., para que o aluno se habitue e passe a apreciar o fato de se comunicar por escrito.

Segue-se a fase da redação propriamente dita, com temas ou contando histórias. Uma técnica muito interessante de estimular a produção textual dos alunos é a história truncada ou modificada, que deve primeiro ser treinada oralmente. No caso da história truncada, interrompe-se a história num ponto empolgante e pede-se aos alunos que a concluam; no caso da história modificada, conta-se uma história com um determinado final, e pede-se aos alunos que inventem um novo final para a história. Em ambos os casos, a resposta típica dos alunos é uma enorme motivação, chegando às vezes à elaboração de histórias extremamente interessantes e talentosas.

As redações temáticas devem, decididamente, ser sobre temas que as crianças se interessem e sejam capazes de chegar a um domínio razoável. Hoje em dia, determinados professores apresentam questões políticas e sociais para serem debatidas por alunos de primeiro grau. Esse tipo de redação faz muito pouco pelo progresso da habilidade de escrever do aluno. Incapaz de realmente entender ou dominar o assunto, muitas vezes desinteressante para ele, o aluno “aprende” a dar uma resposta que ele considera “satisfatória” para o mestre. Se instado a pesquisar na mídia ou em livros, copia mecanicamente o que vê escrito, sem refletir ou vivenciar o que está escrevendo. A redação à moda antiga, voltada para os interesses e habilidades específicos de cada idade e vivência, pode ter temas bem menos “sofisticados”, como “Faça uma redação para o Dia das Mães” ou “Fale sobre suas férias”, mas é muito mais produtiva e conseqüente do que o novo modelo, inalcançável por uma criança.