Os primeiros brinquedos da vida de uma criança

Com o passar dos anos as crianças vão se desenvolvendo e ocorre mudanças nos tipos de brinquedos. Com o objetivo de orientar e discutir sobre o assunto, compartilhamos esse artigo abaixo:

images 5 300x264 - Os primeiros brinquedos da vida de uma criança

Primeiros brinquedos

No início da vida, aparecem as reações circulares. O bebê provoca um ato sem qualquer intenção e, estimulado pelo que aconteceu, o repete.

O primeiro brinquedo é o próprio corpo. Até os seis meses, a exploração dos objetos é instintiva e ele se sente estimulado a pegar o que vê pela frente e tenta levar à boca.

É nessa fase que se dá conta da permanência do objeto e entende que se algo é escondido embaixo de uma fralda, basta levantar o tecido para reencontrá-lo. Ele não desaparece para sempre.
Perto de completar 1 ano, consegue se locomover melhor, seja rastejando, engatinhando ou andando.

Além disso, pode passar qualquer coisa de uma mão para a outra com facilidade. Por causa da mobilidade, a capacidade de exploração aumenta consideravelmente. Até um ano e meio, é esperado um vocabulário mais desenvolvido e maior movimentação que na fase anterior.

Próximo aos 2 anos, a memória e a imitação se desenvolvem e aparece o faz-de-conta. Muitas vezes, o brinquedo perde sua função porque a criança o transforma em outra coisa, por exemplo, quando um cabo de vassoura vira um cavalo. Nesse momento, ela já é mais independente do adulto e quer fazer tudo sozinha, mesmo que não consiga. Até os 3 anos, deve desenvolver bem a linguagem.

É comum querer saber o nome de tudo e definir as coisas pela sua função. Gosta de reconhecer figuras pregadas em paredes ou em livros.
Com 4 e 5 anos, o repertório de brinquedos aumenta. Os de encaixar, como o quebra-cabeça, são boas pedidas.

Como a atividade física nessa fase está a todo vapor, bolas, skates, patins e bicicletas também são opções.
Modelos de sucata
Nylse Helena Silva Cunha, presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas, é defensora desses tipos. “Às vezes, nem é preciso um tipo funcional.

Se o professor colocar uma variedade de formatos e cores de tampas de desodorante em uma caixa, por exemplo, isso vira uma diversão”, ensina Nylse. “A criança vai passar um bom tempo colocando e tirando os objetos da caixa, empilhando-os e derrubando-os.”
Adriana é favorável da participação dos pequenos na confecção de alguns. “O trabalho manual traz benefícios para o desenvolvimento motor”, defende.

Eles também podem mexer com a sucata, mesmo que não montem algo específico. “Manipular o material e usar cola e tesoura estimula a exploração e a manipulação, pontos fortes dessa fase.”

Precisa de adaptação?

Bebês e crianças com deficiência também brincam e aprendem muito durante esses momentos lúdicos. A maneira de apresentar os brinquedos é a mesma. É preciso prever algumas adaptações ou alterar a evolução das atividades de acordo com a deficiência. Mara O. Siaulys, do Laramara Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, desenvolveu 110 modelos. “Com os cegos, é preciso estimular os outros sentidos para conseguir bons resultados na aprendizagem e o brinquedo é um instrumento fundamental nesse processo”, comenta Mara.

Um bom exemplo é o Guizo Pé-mão. Trata-se de duas pulseiras e duas tornozeleiras com guizos costurados. Pelo barulho produzido, a criança entende que tem duas mãos e dois pés.
“Como o cego não enxerga seus pares, não sabe como é o formato do próprio corpo. Por causa disso, por algum tempo ele não juntará as mãos e não pegará os pés”, explica Mara.

Na deficiência física, a adaptação pode ser feita com a colocação de uma prótese. Se falta um dos braços, com o aparelho a criança consegue pegar os objetos. Quem tem deficiência intelectual não deve receber muitos estímulos ao mesmo tempo, pois seu ritmo é diferente.

Além disso, o educador deve pontuar cada descoberta. “Com um chocalho, por exemplo, o pequeno vai perceber que o objeto faz barulho, mas é preciso ensiná-lo a bater com ele nas mãos”, conta Ione Matsuoka, terapeuta ocupacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE). (autora:Fabiana Faria)

 

Enfim, gostou do conteúdo? Curta e Compartilhe com os amigos nas redes sociais! Basta clicar nos botões abaixo! Já que o nosso conteúdo relacionado ao Comportamento Infantil  e Desenvolvimento Infantil é vasto, poderíamos ajudar mais pessoas com a sua indicação. Alguma sugestão? Deixe seu comentário abaixo!

Aliás, confira também: Dicas de atitudes positivas dos pais que influenciam nos alunos